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2012 - Livro Vermelho 2013

Ocotea beyrichii (Nees) Mez VU

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 02-04-2012

Criterio: D2

Avaliador: Maria Marta V. de Moraes

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

A espéciefoi coletada por Glaziou, no município de Alto Macaé em 1891, e somente 100 anos depois, foi recoletadana mesma localidade, no município de Nova Friburgo, Rio de Janeiro. Para o estado de São Paulo existem de quatro registros de ocorrência em uma mesma região. As duas áreas de ocorrênciana Mata Atlântica vêm sofrendo declínio e deterioração, pela especulaçãoimobiliária, agricultura e pastagem.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Ocotea beyrichii (Nees) Mez;

Família: Lauraceae

Sinônimos:

  • > Oreodaphne beyrichii ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

​Oreodaphne beyrichii foi descrita por Nees (1836) com base noexemplar coletado por Beyrich s.n. no estado do Rio de Janeiro. Rohwer (1986)adota como sinônimos Mespilodaphne attenuata e Ocotea eichleri.Esta foi descrita com base no material de Glaziou 7810 coletado entre Resende eJosé Vaz, Alto Macaé em Nova Friburgo (Quinet, 2008).

Dados populacionais

​Não há dados populacionais disponíveis para a espécie.

Distribuição

Distribui-se nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro (Quinet; Baitello; Moraes, 2011).

Ecologia

Árvore de 8 a10 malt., monóica. Folhas alternasna base dos ramos e opostas no ápice dos ramos floríferos; lâmina cartácea,lanceolada a oblongo-lanceolada. Inflorescênciaterminal e axilar de tirsóide, áureo-lanosa. Flores monoclinas, tépalas áureo-vilosas. Fruto bacáceo elipsóide, cúpula hemiesférica, verrucosa, lenhosa. Floração julho asetembro e novembro; frutificação: outubro e dezembro (Quinet, 2008). Desenvolve-se em Floresta Ombrófila Densa submontana e montana (Quinet, 2008).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes Amata atlântica do Estado do Rio de Janeiro, assim como no restante doterritório brasileiro, vem sofrendo ao longo dos séculos um intenso processo defragmentação e redução. As florestas do Estado do Rio de Janeiro estão entre asmais ameaçadas, já que cobrem atualmente menos de 20% da área florestaloriginal (Fundação SOSMata Atlântica, 2002 apud Fonseca, 2009).

1.4.2 Human settlement
Incidência local
Severidade very high
Detalhes ​O Município de Ubatuba destaca-se pelo seu grande potencial ambiental e por seu rápido crescimento. Por localizar-se na faixa litorânea paulista, ocupada desde o início da colonização brasileira para atividades portuárias, voltadas ao suporte de um modelo primário-exportador, Ubatuba caracteriza-se por um ecossistema extremamente produtivo, no que tange os recursos naturais existentes na região. A potencialidade para inúmeras atividades humanas e a limitação de espaço causam conflitos em relação ao uso e ocupação do solo, principalmente quando objetiva-se preservar o que resta da Mata Atlântica no Brasil. Dentre as ameaças ambientais existentes podem ser enumerados o rápido incremento populacional do litoral, a urbanização acelerada e a especulação imobiliária desenfreada e a falta de fiscalização contribuem para a construção de loteamentos em áreas proibidas e inadequadas dentro de uma área extremamente limitada, espremida entre o Parque Estadual da Serra do Mar e o Oceano Atlântico (Castro; Bruna, 2002).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: ​Vulnerável (VU). Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).

Referências

- QUINET, A. O Gênero Ocotea Aubl. (Lauraceae) no Sudeste do Brasil. Tese de doutorado. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2008.

- QUINET, A.; BAITELLO, J.B.; MORAES, P.L.R. D. Lauraceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2011/FB008441>.

- CASTRO; D.M.D.L.; BRUNA, G.C. Políticas Públicas de Ocupação do solo e desenvolvimento sustentável: o caso do município de Ubatuba, XXVIII Congreso de Engenharia Sanitaria y Ambiental, Cancun, México, 2002.

- FONSECA, R.N.D. Estrutura e composição florística do estrato arbóreo em um trecho de floresta ombrófila densa submontana no Parque Nacional da Serra Dos Órgãos, Gupimirim, RJ. Monografia de graduação. Seropética, RJ: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 2009.

- ROHWER, J.G. Prodromus einer monographie der Gattung Ocotea Aublet (Lauraceae), sensu lato. 1986. 3-278 p.

- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, SÃO PAULO. SMA-SP. RESOLUçãO SMA N. 48 DE 2004. Lista oficial das espécies da flora do Estado de São Paulo ameaçadas de extinção, Diário Oficial do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, 2004.

Como citar

CNCFlora. Ocotea beyrichii in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Ocotea beyrichii>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 02/04/2012 - 13:32:56